Parabéns Rafael, pela coragem e determinação de mudar, aceitar novos desafios.
Mais uma passagem que vai te somar bagagem, e quando acharem que você está numa posição invejável, só você saberá o que fez pra chegar lá.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Saúde Mental ll
Interessante pensar que conheci uma pessoa verdadeiramente muito feliz: minha avó!
Ela que tinha tão pouco recursos culturais, filosóficos e científico, não raramente vivia a orientar pessoas formadas, com padrão de vida superior, e no entanto muitas vezes se emocionavam na simplicidade de suas palavras.
Parece que o segredo está mesmo em extrair o muito do pouco, se contentar com o que está bom pra você, e não para o padrão dos outros.
Ainda à pouco, fiquei sabendo que o escritor Schwartz, teve seu livro traduzido para o português, com o título: Quando o mais é menos, que aborda como as pessoas maximizadoras se aborrecem com a possíbilidade de várias escolhas.
Elas escolhem algo pra si e estão sempre se questionando se não poderia ter escolhido, ou feito algo melhor.
Sentem dificuldades em se alegrar por muito tempo, pois mesmo comprando o que é sonhos para alguns, continuam com a dúvida.
O escritor ainda afirma que essa fartura de possibilidades do mundo moderno é que está causando tanto stress.
Ela que tinha tão pouco recursos culturais, filosóficos e científico, não raramente vivia a orientar pessoas formadas, com padrão de vida superior, e no entanto muitas vezes se emocionavam na simplicidade de suas palavras.
Parece que o segredo está mesmo em extrair o muito do pouco, se contentar com o que está bom pra você, e não para o padrão dos outros.
Ainda à pouco, fiquei sabendo que o escritor Schwartz, teve seu livro traduzido para o português, com o título: Quando o mais é menos, que aborda como as pessoas maximizadoras se aborrecem com a possíbilidade de várias escolhas.
Elas escolhem algo pra si e estão sempre se questionando se não poderia ter escolhido, ou feito algo melhor.
Sentem dificuldades em se alegrar por muito tempo, pois mesmo comprando o que é sonhos para alguns, continuam com a dúvida.
O escritor ainda afirma que essa fartura de possibilidades do mundo moderno é que está causando tanto stress.
Saúde Mental
Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E u também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico. Começei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh se matou. Wittgenstein se alegrou ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maikovski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido complemente esquecidos. Mas será que tinha saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias se comportam bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado.(...) Pensar é coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. (...) Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem. Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeito no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave-de-fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso de símbolos. Por isso, quem trata das pertubações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas. Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano, tem uma pecularidade que o diferencia dos outros: o seu "hardware", o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos do Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e acessórios, o hardware, tenha a capacidade de ouvir a música que ele toca, e de se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta, e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei, no princípio: a música que saía do seu software era tão bonita que o seu hardware não suportou. Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um soft modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahams e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o funk pode ser tomado à vontade. Quando às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor \lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo esta receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, ao invés de ter o fim que tiveram os senhores que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.
ALVES, Rubens. Saúde Mental.Correio Popular. Campinas, 13 de junho de 1994. Caderno C.
ALVES, Rubens. Saúde Mental.Correio Popular. Campinas, 13 de junho de 1994. Caderno C.
sábado, 12 de abril de 2008
E não é que o Zangado fez 40!!!
Minha diferença de idade com ele é de 8 anos, portanto quando me conheci por gente, ele já era adolescente, ouvindo walkman em cima da laje.
Logo passou a andar em trajes socias, mas a velha 007, com aquela marmitona não foi tão fácil assim de abandonar.
Aliás, não tenho muitas saudades dela não, porque pra completar o dia duro de trabalho, patrão na orelha, e ônibus cheio, ainda tinha o irmão caçula pra jogar a bola na cara, mas foi automático - bola na cara, bolsa nas costas...
O quintal também presenciou outras tantas peraltices, tipo a que, ele estando nervoso por agente se enfiar dentro do gol e impossibilita-lo de fazer gol, foi dar uma bomba, mas acertou a madeira que ficava no canteiro do meu avô, resultado: pé quebrado.
Mas não pensem que era comédia jogando futebol não, era técnico e comandava muito bem o time na defesa, e saídas para o contra-ataque.
E uma vez, jogando bola no quintal de casa, como eu era menor, raramente conseguia passar por ele, e numa dessas vezes consegui passar por ele, mas da ripa que segurava o telhadinho da lavanderia não, fui direto com a testa nela, um verdadeiro vaca-louca.
Essas são algumas das inúmeras situações que passamos juntos em família, e sendo assim, te desejo muitas felicidades, muitos anos de vida, paz, conquistas, fé, e o que mais você precisar, e Deus lhe conceder.
FELIZ ANIVERSÁRIO MANO VEIO MANOEL LEONEL!!!!!
Logo passou a andar em trajes socias, mas a velha 007, com aquela marmitona não foi tão fácil assim de abandonar.
Aliás, não tenho muitas saudades dela não, porque pra completar o dia duro de trabalho, patrão na orelha, e ônibus cheio, ainda tinha o irmão caçula pra jogar a bola na cara, mas foi automático - bola na cara, bolsa nas costas...
O quintal também presenciou outras tantas peraltices, tipo a que, ele estando nervoso por agente se enfiar dentro do gol e impossibilita-lo de fazer gol, foi dar uma bomba, mas acertou a madeira que ficava no canteiro do meu avô, resultado: pé quebrado.
Mas não pensem que era comédia jogando futebol não, era técnico e comandava muito bem o time na defesa, e saídas para o contra-ataque.
E uma vez, jogando bola no quintal de casa, como eu era menor, raramente conseguia passar por ele, e numa dessas vezes consegui passar por ele, mas da ripa que segurava o telhadinho da lavanderia não, fui direto com a testa nela, um verdadeiro vaca-louca.
Essas são algumas das inúmeras situações que passamos juntos em família, e sendo assim, te desejo muitas felicidades, muitos anos de vida, paz, conquistas, fé, e o que mais você precisar, e Deus lhe conceder.
FELIZ ANIVERSÁRIO MANO VEIO MANOEL LEONEL!!!!!
domingo, 6 de abril de 2008
É tarde e a noite já vem...
Quando você estiver fazendo o mesmo caminho que os discípulos de Emaús, que quer dizer o caminho da dúvida, do desânimo, do medo, não esqueça de pedir:
FICA COMIGO JESUS!!!
FICA COMIGO JESUS!!!
Silêncio
Você tem medo do silêncio?
Estranho observar algumas situações do cotidiano em que as pessoas demonstram quase um pavor do silêncio.
Será que tem medo de suas verdades?
Dos erros que não querem lembrar?
Das realidades que tem que enfrentar?
Não são boas companhias para si próprias?
Acho tão gostoso me encontrar no silêncio e rir dos meus erros, lembrar do que foi bom, fazer minhas orações...
Estranho observar algumas situações do cotidiano em que as pessoas demonstram quase um pavor do silêncio.
Será que tem medo de suas verdades?
Dos erros que não querem lembrar?
Das realidades que tem que enfrentar?
Não são boas companhias para si próprias?
Acho tão gostoso me encontrar no silêncio e rir dos meus erros, lembrar do que foi bom, fazer minhas orações...
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